Copergás: Gás residencial na Zona Norte
Edifícios residenciais em bairros da Torre, na Zona Oeste do Recife, e Graças, Madalena e Espinheiro, na Zona Norte, até o final deste ano começarão a receber gás natural canalizado – sem a necessidade dos moradores estocarem botijões em casa ou cilindros na central de gás dos prédios. Será a primeira expansão fora da Zona Sul feita pela Companhia Pernambucana cie Gás (Copergás) no mercado residencial, um investimento de R$ 10 milhões.
O gás natural canalizado começou a ser fornecido a residências da capital em 2002, no entorno do Shopping Recife, em Boa Viagem. Em abril de 2010, eram 4.330 unidades habitacionais, algumas já adaptadas para usar o produto até para aquecer a água do banho. Desde então, rumo ao sul a malha chegou a Setúbal, Piedade, Candeias e ao Paiva, no Cabo do Santo Agostinho.
“A expansão obedece a uma sequência natural de ampliação da nossa rede. Por isso, depois de já estarmos presentes do Pina ao Paiva, este ano vamos chegar às Graças, Madalena, Torre. Esperamos fazer mais 4 mil ligações em 2013″, conta o diretor técnico-comercial da Copergás, Jailson Galvão.
A Copergás fechou 2012 com fornecimento para 10.035 unidades residenciais.
O gás canalizado traz uma série de vantagens para os edifícios, como abastecimento de forma ininterrupta, sem necessidade da troca de botijões ou cilindros. Dependendo do contrato fechado pelo condomínio, a Copergás pode instalar medidores individuais, permitindo a cada morador pagar só o seu consumo, evitando que uma família banque um vizinho que tenha consumo bem maior.
“Os prédios ainda ganham uma área para atender novas demandas dos moradores, como bicicletários”, afirma o diretor técnico-comercial.
No quesito preço, porem, inicialmente não haver muita diferença entre um botijão de gás de cozinha (GLP) de 13 quilos e 16 metros cúbicos de gás canalizado (um consumo equivalente): ambos saem cerca de R$ 40. Mas o gás natural é mais eficiente que o GLP, que ainda por cima exige a troca do botijão trocado sem que todo o conteúdo seja utilizado de fato.
Se uma residência for adaptada para usar o gás natural para fazer o aquecimento de água, ainda por cima, segundo a Copergás a economia com a energia elétrica que deixa de ser gasta chega a 60% por banho. A companhia não informa, porem, o custo da instalação do equipamento de adaptação.
O processo de expansão para aumentar o atendimento residencial continua nos próximos anos. Uma expansão ainda maior, rumo a Zona Norte é planejada para os próximos até 2017.
“Nesse período, vamos intensificar a amplia ao do segmento residencial em áreas mais verticalizadas, como Casa Amarela e Campo Grande. Será aos poucos, mas de forma continua”, destaca Jailson Galvão.
Ate o segmento residencial ser atendido em determinada área, é preciso primeiro que haja uma ancora de consumo, como aconteceu com o Shopping Recife, em Boa Viagem.
“Primeiro atendemos os grandes clientes industriais ou comerciais, que viabilizam os gasodutos e os principais ramais. Depois são os postos de gás natural veicular (GNV) e então chegamos ao varejo, como aumento da capilaridade em áreas muito adensadas”, explica Jailson.
Apos as expansões previstas para a área norte do Recife, a ideia é fazer a rede se conectar ao gasoduto que segue por toda a Avenida Agamenon Magalhães, criando o Anel Norte, em contraponto ao já existente Anel Sul, por onde foi iniciado o atendimento residencial pela Copergás.
Fonte: Jornal do Commercio (PE) – Economia – 16/04/2013