Copergás tem boa perspectiva de crescimento no longo prazo, avalia Fitch

“As atividades da Copergás apresentam perspectivas positivas de crescimento a médio e longo prazos”, avaliou a agência de classificação de risco Fitch Ratings em relatório publicado nesta sexta-feira (14/10). Segundo a Fitch, o negócio de distribuição de gás natural lidam com uma demanda menos volátil do que outros setores econômicos, o que, junto ao planejamento de expansão da rede de gasodutos, garante um bom cenário futuro.
O estudo ainda indicou que a distribuidora de Pernambuco tem um perfil financeiro sólido, baseado em bons resultados de liquidez e geração de caixa. Também foram apontados os índices de alavancagem conservadores da companhia, além das garantias contratuais de repasse de custos não administráveis, o que acaba preservando as margens da Copergás — que tem ratings de longo prazo de AA-(bra), com perspectiva estável.
Uma característica que conta pontos negativos para a distribuidora, no entanto, é a concentração de sua geração de caixa no segmento industrial, “cujo desempenho está mais relacionado à economia. A empresa também necessita que o preço do gás seja mais competitivo frente a alternativas energéticas para o segmento [industrial]”, segundo a agência.
Atualmente, a Copergás é a maior distribuidora de gás da região Nordeste e a quarta maior do país, considerando o volume de gás movimentado. A companhia distribui gás para clientes de 26 municípios de Pernambuco, 20 atendidos pela rede de gás canalizado e seis por GNC.
Projeção financeira
A Fitch acredita que o Ebitda da Copergás terá crescimento de 54% em 2016, para R$ 108 milhões, com a interrupção dos prejuízos decorrentes do contrato de fornecimento de gás à usina Termopernambuco. O prejuízo tem relação com o cancelamento da isenção fiscal que era concedida ao fornecimento de gás para a geração termelétrica no estado.
As projeções ainda consideram aumento de 17% do volume faturado total em 2016. Além disso, a Fitch estima que a distribuidora terá fluxo de caixa livre (FCF) positivo de R$ 9 milhões em 2018, com aumento gradual para R$ 13 milhões em 2020. Já em 2016, o FCF deve ficar negativo em R$ 35 milhões, pressionado pela distribuição de R$ 80 milhões em dividendos e por investimentos de R$ 48 milhões.
Sem dívida
Na avaliação da Fitch, a Copergás deve manter sua alavancagem financeira líquida próxima a zero, mesmo com o financiamento de R$ 50 milhões adotado. “A dívida, com prazo de quatro anos, é compatível com o fluxo de caixa da empresa”, garantiu. O valor foi utilizado para compor o plano de investimentos de R$ 300 milhões da distribuidora, previsto para os próximos cinco anos.
Até julho de 2016, data considerada no estudo, a Copergás não tinha dívida, e o caixa e as aplicações financeiras totalizavam R$ 57 milhões, segundo a agência. “A expectativa é que a Copergás mantenha adequada liquidez nos próximos anos, […] apesar da agressiva distribuição de dividendos planejada para o período”. Para a Fitch, a distribuidora tem uma flexibilidade financeira confortável.
Fonte: Brasil Energia Online

Sair da versão mobile