Demanda por gás natural vai aumentar

     Dos R$ 90 milhões previstos no orçamento da Companhia Pernambucana de Gás Natural (Copergás) para 2012 e 2013, R$ 50 milhões serão destinados à expansão da rede para levar gás natural ao Litoral Norte. A estimativa é que nos próximos 5 anos, a região atinja um consumo de 1 milhão de metros cúbicos por ano, graças a implantação da montadora da Fiat e seus sistemistas, do polo farmacoquímico e de uma possível plataforma logística que poderá incluir porto e aeroporto.
     “Isso será equivalente a quase dobrar o consumo atual de Pernambuco, que é de 1,1 milhão de m³ por dia”, compara o presidente da Copergás, Aldo Guedes. Ele diz que a licitação será lançada ainda este mês para iniciar as obras até abril próximo. Uma tubulação com 70 quilômetros de extensão vai levar o gás natural do Recife até Goiana.
     O executivo garante que não quer repetir os problemas do Gasoduto Recife-Caruaru, que por conta de problemas no projeto de engenharia e relicitação, demorou anos para ser concluído. “Nossa expectativa é que a obra seja concluída em 18 meses e esteja pronta em 2012, antes do início da operação da Fiat, prevista para 2014. Só a montadora, que vai investir R$ 4 bilhões na construção de uma fábrica com capacidade para produzir 250 mil veículos, terá um consumo de 120 mil m³ de gás natural por dia.
     Além do grupo italiano, outras indústrias vão alavancar o consumo no Litoral Norte, a exemplo da AmBev, em Igarassu, das empresas do polo farmacoquímico e da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP). “Teremos ali um polo que poderá se equiparar hoje a Suape e a Copergás precisará estar preparada para oferecer parte da infraestrutura demandada pelas empresas”, observa Guedes. O polo de fármacos vai consumir o equivalente a 130 mil m³ e a CBVP algo em torno de 120 mil m³ por dia.
     As oportunidades de negócios no Litoral Norte também vão turbinar o faturamento da empresa. A Copergás deverá acompanhar o crescimento da demanda, que já vem acontecendo”, acredita Guedes. No balanço de 2011, a companhia comemora crescimento de 22,4% no faturamento, que passou de R$ 490 milhões (em 2010) para R$ 600 milhões. A estimativa é de aumento exponencial da receita quando começar a disponibilizar o dobro da oferta atual.
Fonte: Adriana Guarda – Jornal do Commercio / Economia / 03-01-2011  

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