Empresa negocia uma estação GNL

Como o acordo ainda está em fase de negociação, o presidente da Copergás, Aldo Guedes, não estimou os prazos para início e término da obra
Com a interiorização do gasoduto até Arcoverde, a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) vislumbra atender todo o restante do Estado. A ideia é construir nesse município a primeira estação de Gás Natural Liquefeito (GNL), em parceria com a paulista GásLocal, empresa da qual a White Martins é sócia. Para essa obra, o investimento aportado pela iniciativa privada está estimado em R$ 100 milhões.
Como o acordo ainda está em fase de negociação, o presidente da Copergás, Aldo Guedes, não estimou os prazos para início e término da obra. “Ela (GásLocal) está bastante interessada no projeto, pois será a única que terá esse gás para atender a demanda”, garantiu. A reportagem entrou em contato com a GásLocal. Entretanto, a assessoria de Imprensa disse que, por causa do horário (16h20 em Recife), não poderia se posicionar sobre o assunto.
O GNL é o gás natural convertido em líquido. Nesse estado, ele pode ser transportado em um volume vinte vezes maior em uma carreta. “Quando eu faço essa conversão, eu posso entregar o gás a até 800 quilômetros de distância”, explicou Guedes. Essa possibilidade é que permitirá à companhia a atender, a baixo custo, a Mineração Floresta S/A, mineradora que iniciará as operações em 2017, no município de Floresta – onde não existe gasoduto enterrado.
SUAPE
Pernambuco também poderá ganhar o primeiro terminal de GNL, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, num investimento em parceria com a multinacional portuguesa EDP, que atua nas áreas de produção, distribuição e comercialização de energia. O ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, que atua como interlocutor dos portugueses junto ao Governo do Estado, estima que o primeiro encontro entre a EDP e o Estado acontecerá após o Carnaval.
De acordo com Aldo Guedes, o espaço teria volume de cerca de cinco milhões de m³. “Hoje, a Copergás utiliza aproximadamente 2,8 milhões de m³/dia”, informou. A proposta é estreitar uma parceria entre EDP, Copergás e Petrobras. Neste caso, também está prevista a entrada de mais um parceiro fornecedor da matéria prima, que poderia ser Angola ou Argélia, onde os portugueses já atuam. A Petrobras foi procurada, mas não se pronunciou.
Fonte: Folha de Pernambuco – Economia – 23/01/2014
 

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