Gás natural chega em Gravatá

Entrega da segunda etapa do trecho Recife-Caruaru acontece nesta segunda-feira
Mirella Falcão
O gás natural chega a Gravatá nesta segunda. Com a entrega da segunda etapa do gasoduto Recife-Caruaru amanhã, será possível levar o gás a indústrias, pontos comerciais e postos do município. Em todo o Agreste, havia apenas dois postos que forneciam o Gás Natural Veicular (GNV), que eram abastecidos por carretas, em Gravatá e em Caruaru. A partir da conclusão dessa trecho do gasoduto, mais dois postos passarão a fornecer o combustível em Gravatá e outros dois em Pombos, município vizinho. Já existe um volume contratado de 9 mil metros cúbicos por dia nesta área de Gravatá, mas a meta é chegar a 30 mil, em um ano. Uma tarifa diferenciada para incentivar o consumo do gás natural no interior está em estudo.
Para se ter ideia, enquanto o GNV é vendido a R$ 1,69 na capital, custa R$ 1,85 no interior, por conta do custo de distribuição. “Já temos um projeto de tarifa verde, que seria isento de ICMS para incentivar o Araripe a trocar a queima da madeira na produção de gesso pelo uso do gás. Mas vamos propor à Petrobras, preços diferenciados no interior para promover à cultura do gás”, diz Aldo Guedes, presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). Algo semelhante já foi feito com o diesel, que custa cerca de R$ 0,04 a menos que nas áreas metropolitanas, tendo inclusive uma cor avermelhada para diferenciá-lo do que é vendido nos centros urbanos (que é amarelo).
Com 120 km de extensão, o gasoduto Recife-Caruaru, terá capacidade para transportar até 1 milhão de m3/dia. A obra do gasoduto, lançada em 2004, passou por muitas complicações e chegou a ser interrompida em 2007 por desistência da construtora, a baiana GDK. Foi retomada no ano passado pela alagoana Tecmaster e tem um custo total de R$ 105,8 milhões. A obra ainda vem atrasando o cronograma. O primeiro trecho até Vitória, previsto para janeiro, foi entregue em março. A conclusão de todo o trecho, esperada para julho, ficará para outubro. “As chuvas atrasaram as obras. Mas dos 58 km entre Caruaru e Gravatá, restam apenas 5,8 km”, afirma Guedes. Caruaru, que ainda terá uma central de distribuição de gás (a construção deve terminar em janeiro), representa um potencial de consumo de 150 mil m3/dia, sendo 50 mil para a central, que possibilitará levar o gás para o Araripe, através de carretas.
Fonte: Diario de Pernambuco / Economia

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