Copergás vai implantar dois ramais a partir de Caruaru e Belo Jardim, com um investimento previsto de R$ 350 mi

Rochelli Dantas

A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) vai abrir em março o processo de concorrência pública para construção de dois novos ramais de gasoduto. O primeiro, com 50 quilômetros de extensão, irá de Caruaru a Belo Jardim. O segundo, com 75 quilômetros, ligará Belo Jardim a Arcoverde. O investimento estimado é de R$ 350 milhões, recursos da companhia. A previsão é de que o primeiro trecho comece a operar em dezembro de 2015. As demais obras seguem até 2018.
O gasoduto terá uma capacidade inicial de 400 mil metros cúbicos por dia. Porém, a capacidade total da tubulação será de um milhão de metros cúbicos diários. As obras devem gerar 400 empregos diretos. O processo de licitação e contratação da empresa deve durar 120 dias. Sendo assim, as obras só devem iniciar em julho deste ano.
O trecho que liga Caruaru a Belo Jardim será o primeiro a ser mobilizado. A princípio, o projeto estava previsto para ser construído apenas em 2015, porém, devido à presença da Baterias Moura na região, que possui uma unidade em Belo Jardim e hoje já utiliza gás natural, o investimento foi antecipado. “Hoje, o abastecimento de gás do grupo é realizado via carreta, que possui um alto custo de frete. Por ano, eles gastam cerca de R$ 6 milhões”, contou o presidente da Copergás, Aldo Guedes.
Como tem pressa que o projeto saia do papel, a Baterias Moura irá investir R$ 10 milhões na construção do ramal que chegará até Belo Jardim. “Se até março de 2016 a Copergás não entregar o gasoduto na porta da indústria, teremos a obrigação de levar o gás via carreta sem que ela pague o frete”, ressaltou Guedes. Atualmente, a demanda diária de gás natural da Baterias Moura é de 30 mil metros cúbicos por dia.
O projeto anunciado ontem ainda inclui a construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) em Arcoverde. A obra demandará um investimento adicional de R$ 100 milhões ao projeto. A ideia é de que esta construção seja realizada em parceria com a Gáslocal, empresa líder do consórcio que ela integra juntamente com a Petrobras e a White Martins.
“O interesse é mútuo. A Gáslocal seria a única a poder pegar o gás natural que chegaria em Arcoverde, transformar em GNL e transportá-lo para outras regiões do
estado”, explicou Guedes. As negociações ainda estão acontecendo e por isso ainda não há previsão de quando a obra iniciaria.
 
Fonte: Diario de Pernambuco / Economia / 23-01-2014