Mais um estímulo ao gás natural

Copergás segura preço para incentivar o consumo do GNV
O preço do metro cúbico do gás natural veicular (GNV) deve se manter no patamar médio de R$ 1,69 pelos próximos três meses nos postos pernambucanos. A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) decidiu absorver o reajuste de 1% repassado pela Petrobras às distribuidoras. O objetivo é dar continuidade à campanha de estímulo à compra de kits de GNV, que foi lançada desde o início de junho, mas até agora ainda não apresentou os resultados esperados. Os setores comercial, residencial e industrial também ficarão livres do aumento.
O equipamento de conversão – que custa em média R$ 2 mil -, está saindo por R$ 1.500 para motoristas e taxistas, pois a Copergás está bancando os outros R$ 500. Do início da campanha até agora, só foram instalados 110 kits, enquanto o objetivo inicial era beneficiar 1.000 automóveis em seis meses.
Ontem, a diretoria da Copergás se reuniu com representantes do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindicombustíveis-PE) para cobrar mais investimento na divulgação do subsídio. Segundo Rafael Coelho, coordenador de GNV do sindicato, já foram gastos os R$ 100 mil planejados para as ações na mídia. “O dinheiro foi arrecadado entre os empresários do ramo. Dos 78 postos de gás do Estado, 54 contribuíram com valores que variam entre R$ 1,2 mil e R$ 1,8 mil”, revela.
A campanha publicitária foi executada pela Aporte. Empresários e Copergás se reunirão novamente na próxima semana para definir outro cronograma de divulgação. “O desafio é fazer uma publicidade que se destaque no período das eleições, quando a cidade fica impregnada de propaganda política em todas as mídias”.
A cadeia de gás passa por dificuldades desde 2007, quando os aumentos a cada três meses começaram a afetar o preço do combustível. Nesse período, o consumo de GNV caiu 30%, falindo diversas empresas de instalação em Pernambuco. Atualmente ainda restam 15 atuando no Estado, das quais apenas cinco estão em situação regularizada para participar da atual campanha.
Segundo o presidente da Copergás, Aldo Guedes, a fase aguda da crise já passou. Depois do início da campanha, a venda de gás subiu de R$ 157 mil m³/dia para 180 m³/dia. Trata-se de um crescimento de 13%. O objetivo é de que até o final do ano o consumo diário de gás nas bombas alcance 230 mil m³.
Enquanto com 1 m³ de GNV um veículo 1.0 percorre até 12 Km, com um litro de álcool ele não supera 7 km. “O consumidor não faz essa conta. Por isso o álcool continua sendo o principal inimigo do gás”, acredita o empresário Fernando Gazineu, dono de oito postos.
Apesar das dificuldades, os primeiros impactos da campanha já são sentidos. A empresa Via Gás, por exemplo, foi responsável sozinha pela instalação de 72 dos 110 kits. O segredo, segundo empresário Eimar Moraes, é parcelar em 12 vezes a compra do equipamento. As demais instaladoras aguardam a entrada do banco Cacique no financiamento dos kits para o consumidor.
Fonte: Jornal do Commercio / Economia / 22-07-2010

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