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Copergás de olho nas residências

Estatal lançará este mês um edital de R$ 4 milhões para ampliar oferta de gás residencial em Boa Viagem

A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) lança ainda este mês um edital de R$ 4 milhões para obras de ampliação da rede de fornecimento de gás natural canalizado para residências no bairro de Boa Viagem. Atualmente, 4.300 unidades habitacionais do Grande Recife possuem contrato para receber o combustível, sendo 2.200 o número de apartamentos que consomem gás natural para acender seus fogões e até esquentar a água do banho. O objetivo da Copergás é atingir 10 mil contratos este ano.

Além de parte do bairro de Boa Viagem – que começou a receber gás natural residencial a partir de 2002, inicialmente na área que circunda o Shopping Center Recife – a expansão da rede já atingiu Setúbal e está sendo ampliada para Piedade, Candeias e a Praia do Paiva. Outra área que está nos planos da Copergás para 2010 é a da Avenida Caxangá. No próximo ano, o gás natural residencial deve chegar no bairro de Casa Forte. Dos R$ 30 milhões disponíveis para investimentos da empresa este ano, R$ 10 milhões são para expansão da rede residencial.

Hoje, a média de consumo de uma unidade habitacional é de 0,5 metro cúbico (m³) por dia. O gás natural é utilizado para fins residenciais em diversos países do primeiro mundo. No Brasil, o Rio de Janeiro é a cidade com maior número de ligações: 750 mil. Em seguida está São Paulo, com 500 mil. No Nordeste, Maceió é a cidade que aparece em destaque, com 12 mil residências. “Nós temos muito a desenvolver. Nosso mercado é bem maior que o de Maceió, por exemplo”, compara o diretor comercial da Copergás, Jailson Galvão.

O gás natural residencial possui uma série de vantagens em relação ao gás liquefeito de petróleo (GLP) que muitos edifícios utilizam – seja na forma de botijão de 13 quilos, seja pelo sistema interligado, com uma central de armazenagem. Antes de tudo, é mais eficiente. Rende cerca de 35% mais que o GLP. É também mais seguro, pois como dispensa ser armazenado não potencializa perigos em incêndios. Ainda é menos poluente e possui fornecimento contínuo, em vez do GLP que precisa ser substituído ou reabastecido. Por fim, rende um controle de consumo mais preciso, pois, assim como água e energia, o condomínio só paga pelo que foi utilizado no mês.

Atualmente, o preço médio do gás natural residencial é de R$ 1,95 o m³. No entanto, esse valor varia de acordo com o porte do edifício. Os com maior número de unidades pagam um preço menor que os prédios com poucos apartamentos. No Grande Recife são 80 empreendimentos com recebimento regular do insumo. A instalação e adaptação de prédios antigos fica a cargo da Copergás. No caso de edifícios novos, muitos já vêm preparados para receber o gás natural.

Fonte: Jornal do Commercio – Economia – 10/04/2010

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