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Preço do GNV vai baixar nos postos

Copergás decidiu reduzir em 4,91% o valor do produto usado em veículos. Demais setores não escapam de reajuste

Mirella Falcão
 
O gás natural vai sofrer um reajuste médio de 2,61%. No entanto, o preço do GNV vai cair 4,91%. Isso porque, como uma forma de estimular as vendas para o segmento, a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) decidiu repassar para a tarifa os descontos obtidos em leilões, onde o combustível foi arrematado por preços 45,5% menores.
O impacto nas bombas deve ficar em R$ 0,04. Atualmente, o GNV está custando R$ 1,76 por metro cúbico. As novas tarifas do gás entram em vigor no dia 1º de maio. Os índices do reajuste foram homologados ontem pela Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) e estão publicados hoje no Diário Oficial.
De acordo com informações da Arpe, como repasse do aumento de 3,35% pedido pela Petrobrás, o gás natural vai subir 2,57% para o segmento industrial, 2,36% para o comercial, 3,03% para a cogeração e 1,53% para os clientes residenciais. “Houve um aumento na cesta de petróleo e isso provocou o aumento”, justifica Jailson Gavão, diretor comercial da Copergás. Apenas o GNV será beneficiado pela redução.
No último leilão, promovido em março, a Copergás adquiriu um lote de 120 mil metros cúbicos diários para destinar aos postos de combustíveis, entre abril e outubro deste ano. O gás com o preço menor, entretanto, não estava atendendo o setor veicular, porque, pelas regras do leilão, os postos só teriam acesso ao gás mais barato quando todo o volume contratado fosse consumido. Como não havia crescimento de vendas no segmento, os postos não conseguiam ultrapassar a demanda de contrato.
Como solução para o problema, a companhia resolveu repassar o desconto obtido no leilão diretamente para a tarifa do GNV. Segundo Rafael Coelho, diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE) para a área de gás, o impacto da redução ainda não foi calculado pelo setor. “Mas deve ficar em torno de R$ 0,04”, adianta ele. De maio até fevereiro passado, a tarifa foi mantida por R$ 1,69. Após a absorção de alguns reajustes, ocombustível chegou ao atual preço, depois do último aumento de 1,95% em fevereiro.
Desde abril do ano passado, a Petrobras vem ofertando ao mercado um volume entre 15 milhões e 22 milhões de metros cúbicos através dos leilões. Já foram realizados seis até agora. Esta foi a alternativa encontrada pela estatal para escoar o gás natural que não pode ser vendido em contrato firme, por estar reservado às termelétricas. Isso porque, por uma questão de segurança no abastecimento de energia, a prioridade máxima é garantir que o gás das térmicas esteja disponível, caso elas sejam acionadas. Como os reservatórios estão se mantendo cheios há quase dois anos, esse gás que estava reservado às térmicas chegou a ser queimado nas refinarias por falta de consumo. Foi daí que a estatal resolveu promover os leilões. A previsão é que a estatal continue promovendo os leilões até 2013.
Fonte: Diario de Pernambuco – Economia – 30/04/2010 

 

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