Notícias

Alternativas para reduzir aumento na conta de luz

Clientes de alta tensão buscam saídas para minimizar reajuste de 12,20%
Grandes consumidores de energia elétrica estão buscando alternativas para amenizar o aumento de até 12,20%, na revisão de tarifas que entrou em vigor na última quinta-feira. A troca de energia elétrica por gás natural é um das opções que se torna viável com os leilões promovidos pela Petrobras, em virtude da sobra de gás que há no mercado. A próxima oportunidade para arrematar um lote é no dia 12 de maio. Outra saída é buscar ajuda especializada para reduzir desperdícios, melhorar a eficiência do consumo dos aparelhos e ter uma geração própria de energia para os horários de ponta.
Os clientes da alta tensão não escapariam do aumento. A Agência Nacional de Energia Elétrica havia autorizado uma alta de 6,26% para a classe A1 (acima de 230 kV), que tem apenas cinco consumidores no estado. De 7,9% para a A3 (69 kV), que tem 47 clientes, e de 4,12% para a A4 (2,3 a 25 kV), com quase cinco mil empresas, entre comerciais e industriais. Mas, devido a uma açãojudicial da Celpe, este aumento acabou sendo muito maior: subiu +7,80%,+12,20% e + 11,41% para os níveis A1,A3 e A4, respectivamente.
A Companhia Industrial de Vidros (CIV) que possui uma unidade em Recife, na classe A3, e em Vitória, na faixa A4, é uma das que vão sofrer uma alta considerável nos insumos. “Cerca de 18% do custo do nosso produto é energia”, comenta o diretor industrial, Odir Pedrazzi. Para evitar uma alta nos produtos, a empresa estuda substituir 10% do consumo de energia elétrica pelo gás natural. Hoje, esta troca é viável devido aos leilões de gás que estão sendo promovidos pela Petrobras. No primeiro leilão de gás, a empresa adquiriu um lote de 23 mil metros cúbicos por dia para o mês de junho, por um preço 35% abaixo da tarifa normal. Agora, a empresa pretende arrematar outras cotas no leilão que ocorrerá no próximo dia 12. “Esse gás do leilão é uma oportunidade que a gente tem de manter o nosso custo competitivo”, diz Pedrazzi.
O leilão é restrito a distribuidoras de gás. Segundo o presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), Aldo Guedes, nesta segunda-feira, a distribuidora vai se reunir com as indústrias para colher propostas de lances. “A empresa diz o volume e quanto quer pagar. Nós reunimos as propostas e tentamos atender às demandas”, explica ele. A expectativa de Guedes é conseguir o gás por um preço 35% menor, como no outro leilão. Os volumes arrematados são para os meses de maio, junho e julho. “Como houve um grande aumento na energia elétrica, esperamos um interesse maior das indústrias neste leilão”.
Fonte: Diario de Pernambuco / Economia

Pular para o conteúdo