As empresas do polo gesseiro de Pernambuco vão passar, a partir da próxima semana, a mudar a fonte energética da produção. Sai o coque de petróleo e a madeira queimada e entra o gás natural comprimido. A central de distribuição da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) de Caruaru ficou pronta, há 30 dias, e vai passar a fornecer gás natural para três empresas do polo. O gás vai ser transportado por caminhões, por isso é chamado de comprimido.
     “Vamos começar fornecendo para três empresas, mas depois iremos conquistar mais clientes. Dependendo da demanda de cada empresa, poderemos parcelar o custo da instalação dos fornos”, explica o presidente da Copergás, Aldo Guedes. Segundo ele, os três clientes iniciais (New Gipeso – Gesso Forte, SM Gesso e Super Gesso) vão receber 10 mil metros cúbicos de gás natural. A meta é que, dentro de um ano e meio, o fornecimento diário passe para 54 mil metros cúbicos.
     Para fomentar o uso do gás natural comprimido, a Copergás fechou um acordo com a Secretaria da Fazenda e a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) para fiscalizar as empresas que utilizam combustíveis super poluentes como o coque e desmatam a reserva de caatinga para usar a madeira.
     “O gás natural é mais limpo e deverá ser utilizado como combustível. Cada empresa deve gastar de R$ 9 mil a R$ 12 mil para adaptar os fornos que já tem. Não sei informa quanto custa a compra de novos fornos”, diz Guedes.
     O centro de distribuição de Caruaru já está fornecendo para outras empresas do Interior do Estado como a Galvanisa (Limoeiro) e a Acumuladores Moura (Belo Jardim). O investimento na central foi de R$ 4 milhões. Já o gasoduto que leva o gás do Recife para Caruaru custou R$ 120 milhões.
Fonte: Jornal do Commercio / Economia / 18-03-2011