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Copergás vai ampliar distribuição no Interior

Gabriela López  
O Gás Natural Comprimido (GNC) vai chegar ao Interior de Pernambuco. As indústrias do Polo Gesseiro do Araripe, o maior do País, são o foco da parceria firmada, ontem, entre a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) – que possui uma Central de Distribuição do produto em Caruaru – e a Companhia Distribuidora de Gás Natural (CDGN) – que transportará o gás da Central até os clientes. A comercialização deve iniciar em outubro deste ano.
“Temos interesse nesta proposta por questões ambientais. Noventa e cinco por cento das empresas do polo queimam madeira”, explica o diretor Administrativo da SM Gesso (que produz gesso para a construção civil), Fábio Monteiro. Segundo o Ministério da Integração Nacional, a caatinga, tipo de ambiente exclusivamente brasileiro, cobre 45% da área vegetal do Araripe. “A SM usa o coque verde de petróleo como combustível. Esperamos que o gás tenha o mesmo custo e rendimento”, acrescenta.
O diretor da CDGN, Claudio Sanches Henriques, contou que o valor da comercialização do gás ainda não foi estabelecido, mas “se estamos investindo é porque sabemos que teremos o retorno da venda”. O Governo do Estado determinou a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a compra e consumo de GNC nas regiões onde não há gasoduto (tubulação usada para transportar gás) ou quando é empregado exclusivamente em indústrias.
“Mudar a matriz energética dessas empresas será importante para estimular novos empreendimentos, como os que virão junto com a Transnordestina, e, assim, gerar novos postos de trabalho para a mão de obra local”, comenta o diretor presidente da Copergás, Aldo Guedes.
Outras cidades também poderão contar com o fornecimento do gás, como São Caetano, Pesqueira, Petrolina, Arcoverde, Belo Jardim, Sertânia, Ouricuri e Salgueiro. A construção da sede distribuidora da CDGN, em Caruaru, deve iniciar neste mês e custará R$ 1 milhão. Para adquirir carretas de transportes, a empresa estima pagar entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões.
Fonte: Folha de Pernambuco / Economia / 06-08-2010

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