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Estatal promete levar gás ao interior

A Copergás inaugura no dia 21 de dezembro o último trecho do Gasoduto Recife-Caruaru, finalizando a obra com a ligação entre Gravatá e Caruaru. A tubulação de 126 quilômetros de extensão custou R$ 116 milhões. A conexão vai permitir o aumento do fornecimento de gás natural na principal cidade do Agreste, que já tem uma demanda atual de 15 mil metros cúbicos (m³), hoje suprida pelo transporte terrestre. Também possibilita a base de distribuição de gás natural no interior, obra que está sendo tocada com investimentos na ordem de R$ 3 milhões pela Estatal.
A ideia é que a unidade tenha disponibilidade de 50 mil m³ de gás por dia, para servir de central de distribuição para atender a municípios do interior por meio de carretas que transportam gás natural comprimido (GNC). A empresa acredita que essa distribuição, aliada à renúncia fiscal dos 17% de ICMS sobre o produto, vai expandir as vendas para outros municípios que não dispõem de tubulação, inclusive aqueles do pólo gesseiro do Araripe.
“O governo enviou projeto à Assembléia isentando de ICMS os municípios que não dispõe de gasoduto. Dessa forma, conseguiremos chegar à região do Araripe a um preço um pouco acima daquele que praticaríamos se fosse construído o gasoduto até lá, uma obra de R$ 700 milhões e inviável atualmente”, disse o presidente da Copergás, Aldo Guedes. Uma parceria com a Petrobras, financiando novos queimadores e calcinadores à gás para os produtores de gesso, completaria a logística, ampliando a demanda pelo produto. Hoje, o pólo gesseiro utiliza madeira de desmatamento como principal combustível de sua indústria.
Além do interior, a Copergás prevê aumento de demanda no Complexo de Suape, com o início das operações da Petroquímica Suape e da Refinaria, previstos para iniciarem demanda por energia em 2010 e 2011, respectivamente.
A Petrobras divulga em janeiro onde vai instalar seu terceiro terminal de regaseificação. “Suape tem capacidade para um terminal fixo de Gás Natural Liquefeito, temos chance”.
Jornal do Commercio – Economia – 12/12/2009

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