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Gás natural

Uma geração se passou depois da criação da Companhia Pernambucana de Gás, a Copergás, e somente agora um gasoduto sai de Caruaru a caminho de Belo Jardim. Caminhada lenta, como se vê, mas com destino certo e sustentável. Aproxima o Agreste do Sertão e a tendência natural será andar mais rapidamente em direção do novo polo econômico em Salgueiro, que está sendo gestado pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco. Um polo que deve contemplar também os municípios de Cedro, Serrita, Parnamirim, Terra Nova, Carnaubeira da Penha, Verdejante, Mirandiba, São José do Belmonte, Cabrobó e Belém do São Francisco. Será inevitável que o percurso do gás natural como opção energética chegue também por essa grande área sertaneja.
Essa perspectiva está contida na missão a que se propôs a Copergás quando foi criada, no começo da década de 90 do século passado: distribuir o gás natural em todo o Estado, “com sustentabilidade e foco na excelência de gestão”. A isso, a empresa acrescentava a ambição de se transformai’ em uma das cinco maiores distribuidoras do País e referência nacional como modelo de gestão em 2024. Faltam 9 anos para se cumprir essa meta e, pelo impulso que está sendo dado agora, mais com as exigências de um novo polo econômico sertanejo, essa é uma visão empresarial que deve ser cumprida.
Contribui para um horizonte animador nessa matéria a atenção que está despertando a geração de energia com o bagaço de cana, com expectativa de investimentos de canadenses e americanos. Esse é um fator que torna mais promissor ainda o avanço do gás natural, um insumo energético de combustão que não exige estocagem, é menos poluidor quando usado em veículos, além de facilitar o transporte, contribuindo para a redução do tráfego de caminhões, um benefício a mais para a conservação da BR-232, principalmente.
A elaboração de um Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável pelo governo do Estado seguramente deverá incluir o gasoduto como um indutor, com o mesmo empenho com que está sendo acelerada a ligação de Caruaru a Tacaimbó e Belo Jardim. Num momento posterior, a linha de ação levará até Salgueiro, ponto de interligação da BR-232 em direção ao Araripe, ao Sertão do São Francisco e outras áreas que terão conexão com o novo polo da economia sertaneja, em que o gás natural pode ter um papel significativo.
Uma sinalização expressiva da força desse insumo e da capacidade que tem para atrair investimentos no Agreste hoje, e no Sertão amanhã, é a parceria que vem sendo formatada com a indústria de baterias Moura, de Belo Jardim. Essa será uma das empresas que serão beneficiadas com a construção do novo trecho do gasoduto, com o compromisso de a Copergás concluir as obras de ampliação até setembro do próximo ano.
Fonte: Jornal do Commercio / Editorial / 01-06-2015

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