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Gás natural chega até o polo gesseiro

Projeto piloto da Copergás pretende mudar matriz energética na região do Araripe.
     O gás natural chega hoje ao Araripe. O abastecimento, que está sendo feito por meio de carretas, faz parte de um projeto piloto da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), que pretende mudar a atual matriz energética no polo gesseiro, atualmente 95% baseada na lenha. O gás natural é apontado como o único combustível capaz de aliar a sustentabilidade ambiental e o menor custo na produção do gesso. Inicialmente, apenas uma indústria vai receber o gás. Depois será ampliado para outras duas empresas do polo. A proposta é estimular as indústrias a optarem pelo gás natural, a partir da experiência do projeto piloto.
     Várias alternativas estão sendo estudadas para levar o gás para o maior polo gesseiro do país, como a ampliação do gasoduto, que hoje termina em Caruaru, até Araripina. ´Mas para fazer um gasoduto, eu preciso de uma demanda contratada de pelo menos 200 mil m3 por dia`, diz o presidente da Copergás, Aldo Guedes. Enquanto a interligação não sai do papel, a alternativa é apostar no abastecimento através de carretas. O projeto foi anunciado há quase um ano, mas só agora foi concretizado. ´Esse transporte por carretas é terceirizado. Então, a gente dependia do interesse de distribuidoras por esse mercado`, justifica. O pontapé inicial está sendo dado pela White Martins. ´A CDGN está construindo a sua base em Caruaru e também vai levar o gás para o Sertão`, promete Guedes.
     Para compensar o custo com frete, compressão do gás em Caruaru e descompressão no Araripe, o governo de Pernambuco está isentando a alíquota de 17% de ICMS sobre o combustível para as áreas onde o gás não chega por gasoduto. ´A nossa expectativa é que o gás chegue a um preço entre R$ 1,10 e R$ 1,30 por metro cúbico`, diz Alexandre Arraes, dono da Newpipso, que será a primeira empresa a operar com gás natural no Araripe, com demanda de 2 mil m3 por dia. Como incentivo, a conversão do forno foi subsidiada pela Copergás. O mesmo será feito em fornos das indústrias Supergesso e SW Gesso, a partir de agora, que somarão um consumo de 8 mil m3. ´A segunda fase do projeto é conquistar mais 25 empresas e 54 mil m3 em contratos até 2012. Em seguida, chegar a 50 empresas, com consumo de 94 mil m3. Para finalmente, chegar a 200 mil m3 até 2016`, detalha Guedes. (Mirella Falcão)
Fonte: Diario de Pernambuco – Economia – 24/03/2011

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