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Gás natural não terá reajuste em novembro

Mirella Falcão
O gás natural não subirá em novembro. Seguindo o calendário de revisão de tarifas, que é trimestral, novos preços deveriam entrar em vigor a partir do dia 1º. No entanto, a Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe), responsável por homologar os aumentos, não recebeu nenhum pedido de reajuste da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). Sabe-se que a Petrobrás pediu um reajuste negativo para o próximo trimestre. Como Copergás absorveu o último aumento de 0,94%, em agosto, a tarifa seria congelada nos próximos meses, como forma de recompor perdas. A campanhia GNV Pit Stop, que oferecia bônus de R$ 500 na conversão dos primeiros mil veículos, durante seis meses, termina nesta segunda com apenas 252 cilindros instalados.
O processo de reajuste funciona da seguinte forma: a Petrobras repassa às distribuidoras o índice de reajuste, cada companhia calcula o impacto do aumento por segmento de consumo (industrial, comercial, residencial e veicular) e o estudo é encaminhado às agências reguladoras para homologação. A decisão é publicada em Diário Oficial dias antes ou mesmo na véspera da data em que entra em vigor. Mas segundo o diretor de regulação econômica e financeira da Arpe, Hélio Lopes, até a última sexta, a companhia não havia enviado o pedido de reajuste.
Raimundo Bastos, diretor administrativo e financeiro da Copergás, diz que nenhum estudo foi enviado até agora, porque a companhia optou por congelar os preços. “Mas, mesmo em caso de manutenção da tarifa, precisamos enviar a Arpe os cálculos que justificam esta decisão. Faremos isso na segunda”, afirma ele. O problema é que a Petrobras, desta vez, pediu um reajuste negativo, o que tem provocado queda nas tarifas de outros estados como o Ceará, onde o gás natural ficou em média 0,7% mais barato.
Também foram procurados o diretor comercial da Copergás, Jailson Galvão, e o presidente, Aldo Guedes. Nenhum dos executivos informou à reportagem exatamente qual foi a redução dada pela Petrobras para o próximo trimestre, alegando não estar com os dados no momento. “Foi menor que o percentual absorvido pela Copergás na última revisão, que foi de 0,94%”, declara Bastos. Por esta razão, a tarifa seria congelada agora para recompor as perdas do aumento não repassado em agosto.
Campanha – A campanha GNV Pit Stop, lançada pela Copergás em maio, chega ao término longe da meta de converter mil veículos a gás natural. Era oferecido um bônus de R$ 500 para quem fizesse a conversão em uma das cinco convertedoras cadastradas na campanha. Com isso, o custo médio foi reduzido de R$ 2 mil para R$ 1,5 mil.
Apenas 252 novos cilindros foram instalados até agora, segundo o diretor comercial da Copergás, Jailson Galvão. Pouca divulgação, falta de financimento e o atual preço do combustível (R$ 1,69) foram alguns dos entraves, segundo a presidente do Sindicato das Convertedoras de GNV de Pernambuco, Lisonete Costa. “Vamos ver se conseguimos prorrogar a campanha até dezembro”, diz ela.
Fonte: Diario de Pernabuco/ Economia/ 30-10-2010

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