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O lado prático da CasaCor

A Folha foi em busca do que há de funcional nos ambientes da mostra
Rodrigo Almeida
Não é segredo para ninguém que uma das marcas registradas da edição 2011 da CasaCor reside justamente em seu caráter mais conceitual e menos prático, semelhante a relação dúbia que as passarelas mantêm com a moda do dia a dia. Decerto, o conjunto projetado na orla de Olinda até define materiais, contornos e formatos que estão sendo ou serão tendência, revelando, cada qual ao seu modo, um singular investimento numa espécie de “retrô-contemporâneo”. No entanto, os ambientes não foram necessariamente montados de maneira a serem inteiramente reproduzidos em nossas casas e foi pensando sob essa perspectiva, que visitamos o evento e garimpamos algumas dicas do lado mais “aplicável” dos projetos desenvolvidos por mais de 70 arquitetos.
Dentro desse contexto retrô-contemporâneo, destaque para a Sala de Música de Diogo Viana, que através de tubas, violoncelos, bancos e até ventiladores, lançou uma aposta dupla: a primeira em objetos customizados, que emulam um aspecto característico de décadas anteriores, a segunda em originais encontrados em antiquários, que podem ou não ganhar novos significados dentro da arrumação e que carregam, por si só, um glamour da raridade. Ainda por esse caminho, é notável a apropriação das artes visuais por todos os arquitetos e decoradores, especialmente esculturas e quadros de diferentes dimensões, passeando pelo universo criativo de nomes como Reynaldo Fonseca, Tereza Costa Rêgo e tantos outros.
Sem dúvida, um dos espaços que melhor dialoga com o dia a dia é o “Home Theater” projetado pelo arquiteto Josemar Costa Jr, que procurou investir em tons sóbrios, através de cortinas cinzas, cadeiras marrons, flores brancas, para criar um espaço atemporal, que supostamente não envelhece com o passar dos anos. A ausência de cores fortes é suplantada pela sofisticação das curvas dos objetos, com destaque para as charmosas luminárias da Diesel, as cadeiras de couro extremamente confortáveis, assim como pela capacidade do ambiente passar de sala de cinema para um agradável recinto de receber amigos.
NATURAL
Uma das novidades da CasaCor deste ano é a aplicação de Gás Natural em inúmeros ambientes, como cozinhas, lavabos e até mesmo quartos, estimulando uma opção mais ecológica e sustentável no desenvolvimento das residências. Segundo George Ferreira, Gerente de Comercialização Residencial e Comercial da Copergás, o GN não requer espaço para armazenamento e possui uma imensa versatilidade de usos, tais como: aquecimento de água do banho ou da piscina, sauna, piso radiante, geração de energia elétrica e geração de frio. Além disso, é muito mais “limpo” que os inúmeros combustíveis fósseis.
Por fim, o grande chamariz da edição desse ano são os jardins verticais da GreenWall com módulos cerâmicos, tanto aplicados em ambientes externos, com diferentes plantas, criando uma espécie de painel florido com irrigação própria, como aplicado na cozinha ou varanda como uma pequena horta, dando, antes de tudo, um cheiro agradável ao ambiente. Dentro da CasaCor, essa proposta foi desenvolvida na Cozinha Gourmet, projetadas por Jaidete Ferreira e Jaqueline Ferreira, na Cervejaria, de Schirlley Loureiro, Cristiana Paes e Margarete, e no Lounge Gourmet, produzido pelas arquitetas Elza Mendonça, Lorena Pontual e Giuliana Zirpoli.
A proposta da GreenWall é proporcionar a inclusão de vegetação em projetos de arquitetura e paisagismo com pouquíssimo espaço, como é a maioria dos apartamentos e escritórios de hoje em dia. O projeto conta com irrigação eficiente e automatizada, além de se mostrar perfeita para cultivo de espécies aromáticas, flores exóticas, temperos para cozinha, entre outras plantas. Além disso, os jardins podem ser aplicados em paredes com alturas variáveis e em diversos formatos e, vale lembrar, que uma parede verde pode diminuir em até 3ºC a temperatura de um apartamento.
Fonte: Folha de Pernambuco – Imóveis

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