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Prédios do Recife terão Gás Natural

Projeto prevê que novas construções sejam abastecidas pela Copergás
Augusto Leite

O plenário da Câmara dos Vereadores do Recife votará, nos próximos dias, um projeto de lei que obriga os prédios da Capital a serem construídos com tubulação de Gás Natural (GN). Se aprovada, a proposição da vereadora Marília Arraes será destinada às novas edificações. De início, a decisão beneficiará os empreendimentos que estão sendo erguidos na Zona Sul, onde a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) possui tubulação. Os condomínios que optarem por trocar os botijões de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) pelo GN poderão economizar até 40% na conta de energia e 30% nos gastos com o produto.
Além de ser usado na cozinha, o GN serve para esquentar a água que sai das torneiras e como combustível para alguns ferros de passar e aparelhos de ar-condicionado. “É importante que se tenha uma alternativa energética para o cidadão. O acesso é dificultado pela falta da lei, apesar de não ser um empecilho total. Antigamente, os apartamentos tinham apenas botijões. Imagina um prédio pegando fogo?”, comenta Marília Arraes. O projeto atualiza a legislação municipal de 1997, que trata apenas do GLP, empregado apenas na cozinha. A proposta foi aprovada em todas as comissões da Câmara.
Nos próximos anos, a intenção é que os edifícios da Zona Norte também sejam contemplados. A Copergás tem hoje dez mil clientes residenciais contratados na Região Metropolitana do Recife (RMR) e pretende multiplicar por seis esse número até 2014. “Queremos chegar com a tubulação até o fim da rua dos Navegantes (em Boa Viagem) este ano, perto do Pina, para depois irmos para o lado da Madalena e do Espinheiro”, pontua o presidente da estatal, Aldo Guedes. O orçamento da empresa para 2011 é de R$ 12 milhões.
Para adequar os tubos do GLP para a utilização do GN, os condomínios de edificações concluídas podem contatar a Copergás, que já faz, por meio de uma terceirizada, visitas pela cidade. “Temos uma área mapeada e a adaptação é totalmente segura. Dependendo do consumo, bancamos 100% da conversão”, afirma Guedes. Ao eliminar a necessidade de botijões, mesmo que embaixo do prédio, o edifício e os apartamentos ficam mais seguros em relação a incêndios. O GLP é mais pesado do que o Gás Natural, que se dissipa no ar em caso de vazamento. O produto ainda tem a chance de ser usado em piscinas e saunas.
Fonte: Folha de Pernambuco – Economia – 24/06/2011

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