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Sistema vital

O gás natural tem outras potencialidades que conviria recordar, aqui. Nenhum outro combustível transfere a mesma força que ele por unidade do mesmo custo. O índice WOB suporta, aí, qualquer teste e toda comparação, vencendo outros combustíveis em nosso país.
Chegou o gás natural ao agreste. Com ele, a política de interiorização do desenvolvimento ganha um sócio dotado de muita força. Uma coisa é queimar lenha – atitude proibida em favor do meio ambiente – e outra coisa, bem diferente, adaptar-se para a modernidade que é o acionamento de fornos e máquinas mediante a utilização do gás natural provido a partir das entranhas da terra. É bem o caso dos empresários que em Pernambuco se lançaram ao aproveitamento comercial do gesso, na área do Araripe.
Tudo agora é possível resolver com o gás, a partir do Recife e de Caruaru, simultaneamente. O gás que vai ser colocado no Agreste – porque de Caruaru vai todo espraiar-se para Toritama, Garanhuns e Arcoverde. O gasoduto tem capacidade de transportar diariamente um milhão de metros cúbicos, quando a demanda atual anda pela casa dos 100 mil metros cúbicos ao dia. Há, assim, uma margem bastante folgada para a multiplicação da oferta desse gás aos demais centros urbanos do agreste e também de certas faixas do sertão.
É de ser destacada a economicidade do projeto, além de sua elasticidade e acomodação aos preceitos ambientais. No capítulo do manuseio, o do gás natural supera as facilidades que poderiam ser apontadas nos demais combustíveis, desde a singela questão da limpeza do equipamento ao custo de manutenção do conjunto da maquinaria.
O gás natural tem outras potencialidades que conviria recordar, aqui. Nenhum outro combustível transfere a mesma força que ele por unidade do mesmo custo. O índice WOB suporta, aí, qualquer teste e toda comparação, vencendo outros combustíveis em nosso país. Graças a estas e outras circunstâncias, os empresários de Pernambuco, notadamente os do agreste estadual são hoje merecedores dos mais pertinentes e calorosos parabéns, porque a eles coube testemunhar o advento de uma nova era, um novo marco na candente história do desenvolvimento estadual.
Convém mostrar que o primeiro efeito da chegada do gás natural a Caruaru é outro evento no processo da disciplina do gás no estado, que começa a desenrolar-se aqui. Na mesma hora em que o governador Eduardo Campos dava por inaugurado o gasoduto Recife-Vitória – Caruaru para o transporte do produto em apreço, no mesmo instante desse acontecimento a um só tempo solene e promissor, o chefe do executivo lançava a pedra fundamental da Central de Distribuição de gás, que corresponde à segunda etapa do processo de interiorização do referido combustível.
A pedra fundamental, neste caso, é muito mais do que um dístico retórico lançado simplesmente para completar o brilhantismo da inauguração do gasoduto. Ela vale, antes de tudo, como jura o compromisso no sentido de afirmar que o restante agreste e todo o sertão se encontram na respectiva agenda dos nossos governantes.
A expansão do gasoduto é, em última análise, uma exigência do desenvolvimento econômico e social de Pernambuco, esperando-se, assim, que ele alcance, dentro em breve, outras importantes cidades do estado. Todas essas boas novas são, finalmente, muito próprias dos tempos natalinos, que atravessamosesperançados de melhores dias.
Diario de Pernambuco – Editorial – 24/12/2009

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